sexta-feira, 21 de setembro de 2012

0 Zé Laurentino

Zé Laurentino:
Natural do Sítio Antas, Puxinanã/PB. Caririzeiro, de orígem rural, começou fazer versos aos 12 anos de idade.
Estudou no Ginásio Comercial “Plínio Lemos”, onde demonstrou sua inclinação de líder, exercendo a atividade de representante de classe e presidente do Grêmio Estudantil. Foi eleito vereador em 1972, sendo o segundo vereador mais votado. Nos palanques recitava, arrancando aplausos do público com um dos seus primeiros poemas: “Retorno à Casa Paterna. Já exerceu a função de Presidente da Casa do Poeta Repentista de Campina Grande (Casa do Cantador) por mais de uma vez.
Foi desenvolvendo sua criação poética e não parou mais. De inteligência privilegiada o poeta Zé Laurentino coloca-a serviço do seu povo, fazendo rir e tirando lições do acontecer cotidiano caipira.
É como Amazan, seu contemporâneo e sucessor, prende a atenção do público quando está declamando suas poesias matutas, cascateadas de caboclo humor. Quem tem “competência se estabelece” e estes dois poetas, são prova disso. Sentaram praça na “poesia matuta” nordestina, sendo ambos seus melhores representantes da atualidade.
A Zé Laurentino é a encarnação do interior nordestino, este sentir rústico, forte, telúrico e pândego ao mesmo tempo.
Autor das seguintes obras:
Sertão, humor e Poesia [5 edições/1990]; Meus Versos Feitos na Roça;Carta de Matuto; Na Cadeira do Dentista; Poesia do Sertão; Dois Poetas Dois Cantares [Parceria Edvaldo Perico]; A Grande História de Amor de Edmundo e Maria (Cordel); Poemas, Prosas e Glosas [1988]. (maria do socorro cardoso xavier) 


 O Matuto e o Doutor
(poesia matuta)
Zé Laurentino*

Douto não sou rico não
Mas vivo desapertado
Tenho uma casa de aipende
Vinte cabeça de gado
Uns quatro burro de caiga
E um cavalo manga laiga
Prumode eu andá montado.

Tenho uma roça bonita
De uveia tenho rebanho
Tenho um açude cheinho
Só mecê vendo o tamanho
Onde eu dou água a meu gado
E quando o calo ta danado
Serve mode eu toma banho.

Tenho um casa de menino
Uma mulé de verdade
Tenho um rádio falado
Que eu comprei na cidade
E uma viola de pinho
Onde toco bem cedinho
Mode espantá a sodade.

Um boi, um cutivador,
Vinte quadro de raiz,
E tá todinho cercado
A cerca fui eu quem fiz
Bode p’ru riba não sarta
Mais com tudo ainda farta
Uma coisa preu ser feliz.

Pode acreditá douto
Eu vivo sentindo fome
Mas não é fome de comida
Lá em casa a gente come
Tem dinheiro na gaveta
Eu sinto fome é das letra
Eu quero assiná meu nome.

P’ra eu não mandá lê carta
Pelos fí de seu Honoro
Pruquê as veis é segredo
E ele espaia o falatoro
Descubrindo os meu segredo
Pra eu não suja mais os dedo
Nos tinteiro dos cartoro.

P’ra não anda preguntando
Os carro pra donde vão
P’ra quando eu fô p’ra os banco
Não leva pricuração
Quero meu nome assina
Prumode eu também vota
Nos dia de eleição.

Me ensine lê seu douto
Eu peço pru caridade
Voimicê que é sabido
Que mora aqui na cidade
Me ensine a lê e conta
Prumode eu completa
A minha felicidade.

Doutor:
Caboclo eu não te ensino
Mas te aconselho, afinal
Quer aprender a ler?
Carta, bilhete, jornal?
Ler, escrever e contar
Pois vais te matricular
Num dos postos do Mobral.

Lá tu irás encontrar
Professora competente
E que no mundo dos livros
Vai clarear tua mente
Saber é algo profundo
Tu irás ver este mundo
Com uma visão diferente.

Vais caboclo nordestino
Da bravura és o perfil
A escola te espera
Com teu aspecto gentil
Ponha os livros nas mãos
Vais ajudar teus irmãos
A educar o BRASIL.

Matuto:
Muito obrigado douto
Pelo conseio, o afeto,
Vô convida a mulé,
Meus fios tomém meus neto
Não vô mais sê imbeci
E breve eu grito ao Brasí
Não sô mais anarfabeto!

Vô hoje mermo p’ra iscola
Com o livro, caderno e giz
Pois estudano eu tomem
Ajudo ao meu país
Depois que eu aprende a lê
Aí eu posso dize
Sô um caboco feliz!!! 


                                                     Fonte:usinadeletras.com.br 

                                postado por tony josé sexta-feira,21 de setembro de 2012




                                       

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

0 Assis Chateaubriand


Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo nasceu em Umbuzeiro, Paraíba, no dia 4 de outubro de 1892, filho do bacharel em Direito, José Chateaubriand Bandeira de Melo e Carmem Chateaubriand Bandeira de Melo.
É interessante esclarecer que Chateaubriand é prenome e não sobrenome de família. Seu avô paterno, Francisco Aprígio de Vasconcelos Brandão, entusiasmado com as obras do escritor francês François Chateaubriand, registrou os filhos com o prenome Chateaubriand.

Assis Chateaubriand teve uma infância difícil, marcada por privações e problemas psicológicos devido a uma gagueira incontrolável e uma grande timidez. Foi uma criança magra, gaga e feia, sem a vitalidade dos outros três irmãos Ganot, Jorge e Osvaldo.

Seu pai foi morar em Belém do Pará, deixando-o aos cuidados do avô materno, Urbano Gondim, que morava em Timbaúba, Pernambuco, onde tinha propriedades. A experiência foi positiva. Chateaubriand melhorou da gagueira e tornou-se menos tímido.

Aos nove anos, voltou a morar com a família que havia retornado ao Recife, mas ainda não sabia ler. Foi alfabetizado por um tio e dois amigos do seu pai, Antônio Feliciano Guedes Gondim, Manoel Távora Cavalcanti e Álvaro Rodrigues Santos, quando já tinha dez anos de idade. Antigos exemplares do jornal Diario de Pernambuco serviram-lhe de cartilha.

No final de 1903, morou um tempo com seu tio e padrinho Chateaubriand Bandeira de Melo, em Campina Grande, Paraíba, onde foi submetido a um programa intensivo de estudos para recuperar o tempo perdido.

Em novembro de 1904, retornou ao Recife e prestou exame no curso de admissão da Escola Naval. Fez o curso secundário no Ginásio Pernambucano e começou a estudar alemão com os frades do convento de São Francisco, tornando-se um leitor compulsivo.

Seu primeiro trabalho foi na Gazeta do Norte recortando classificados.

Em 1908, ingressou na Faculdade de Direito do Recife indo trabalhar na época como aprendiz de repórter no jornal A Pátria. Trabalhou também no Jornal do Recife, no Diario de Pernambuco e no Jornal Pequeno, no qual publicou a maior parte de suas reportagens no Recife.

Em 1913, aos 21 anos, bacharelou-se em Direito. Ao formar-se já era editor e redator-chefe do Diario de Pernambuco, que na época  pertencia ao conselheiro Rosa e Silva e tinha como diretor Arthur Orlando.

Em 1915, tentando buscar novos horizontes, foi para o Rio de Janeiro, então a capital do Brasil. Naquela cidade fez muitas amizades, inclusive com pessoas influentes. Colaborou nos jornais A Época, Jornal do Commercio, Correio da Manhã, do Rio de Janeiro e também na edição vespertina d`O Estado de São Paulo.

Seu sonho era “adquirir um jornal, como primeiro elo de uma cadeia”.Para conseguir o dinheiro, instalou uma banca de advocacia e com seu bom relacionamento com pessoas importantes, conseguiu vários clientes e ações.

Foi consultor para leis de guerra no Ministério das Relações Exteriores, no governo Nilo Peçanha, mas deixou o cargo para ser redator-chefe do Jornal do Brasil.

Em 1919, depois de deixar o Jornal do Brasil foi convidado para ser correspondente internacional na Europa, trabalhando para o Correio da Manhã, do Rio de Janeiro. Viajou pela Suíça, Inglaterra, França, Holanda, Itália e Alemanha, obtendo sucesso jornalístico e pessoal.

Em setembro de 1924, adquiriu O Jornal, do Rio de Janeiro, dando início à cadeia nacional de jornal, rádio e televisão dos Diários Associados, que iria revolucionar o jornalismo brasileiro, inovando a imprensa, modernizando equipes, processos e veículos. 

Chatô, como alguns o chamavam, tornou-se uma personalidade conhecida no Brasil e no exterior, respeitado e temido pelos poderosos. Participou de todas as grandes campanhas de opinião de seu tempo.

Em 1934, incorporou a sua cadeia o Diario de Pernambuco, o jornal mais antigo em circulação na América Latina, onde havia iniciado sua carreira de jornalista.

Além dos Diários Associados chegou a possuir dez fazendas agropecuárias e laboratórios farmacêuticos.

Além de empresário de sucesso, foi um incentivador da cultura e da arte brasileiras. Criou o Museu de Arte de São Paulo, o MASP e ocupou a cadeira nº 37, da Academia Brasileira de Letras.

No campo da política, elegeu-se senador pela Paraíba em 1951 e pelo Maranhão em 1955.

Em 1960, sofreu um derrame cerebral ficando totalmente paralítico. Mesmo nessa situação viajou muito dentro e fora do País, mantendo-se informado de tudo, dirigindo suas empresas e jornais.

Assis Chateaubriand morreu em São Paulo, no dia 6 de abril de 1968.


                                            FONTE: Fundação Joaquim Nabuco

               postado por Tony josé quarta-feira,19 de setembro de 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

0 Carro de Boi

Sendo originário da Idade da Pedra ou do período Neolítco, o carro de boi surgiu no Brasil com os primeiros engenhos de açúcar, na época da colonização portuguesa.
Foi um dos primeiros instrumentos de trabalho, além do mais antigo e principal veículo de transporte utilizado no País, principalmente nas áreas rurais, por quase três séculos.
O carro é composto por duas rodas, um grade ou mesa de madeira e umeixo. As rodas são feitas de madeira de boa qualidade, com um anel de ferro de forma circular nas extremidades, para garantir maior resistência. Primitivamente, o carro não era ferrado e as pessoas diziam que “o carro andava na madeira”. A grade possui cerca de três metros de comprimento por um e meio de largura, com duas peças mais resistentes de cada lado e uma terceira no meio, mais comprida, destinada a atrelar o carro à canga, uma peça, também de madeira, com mais ou menos um metro de comprimento, contendo um corte anatômico para assentar bem no pescoço do boi, sendo segura por uma correia de couro chamada de brocha. A grade é apoiada sobre um eixo. O ponto de apoio da grade sobre o eixo são duas peças de madeira chamadas cocão. O chiado ou cantiga característica do carro de boi é produzido pelo atrito do cocão sobre o eixo.
As madeiras utilizadas na construção dos carros de boi tinham que ser fortes, principalmente as das rodas. As mais usadas eram o pau d`arco, aaroeira, sucupira, a carnaubeira.
O carro de boi pode ser puxado por uma, duas ou mais juntas ou parelhas. Cada junta possui dois bois, que trabalham um ao lado do outro, unidos pelacanga.
Nos terrenos mais planos e em trabalhos mais leves utiliza-se, normalmente, uma parelha e nos mais pesados, desenvolvidos em terrenos mais acidentados, duas ou mais, uma atrás da outra. As parelhas são conjugadas por uma corrente que liga as cangas.
Nos engenhos, durante o verão, época da moagem, o boi era atrelado ao carro para transportar a cana e o açúcar e, no inverno, ao arado para revolver e cavar a terra destinada ao plantio da cana-de-açúcar.
O condutor do carro que comanda os bois é chamado de carreiro. Normalmente, utiliza uma vara fina, com mais ou menos três metros de comprimento, contendo uma ponta de ferro para ferroar o animal, castigando-o ou indicando a direção a ser seguida. Usa também um chapéu de couro, umpeitoral e um facão, colocado numa bainha de couro pendurado no cinto.
Os bois se acostumam de tal forma com o carreiro que, muitas vezes a um simples chamado dele, se dirigem vagarosamente e ficam parados próximo ao local onde são normalmente encangados. Batizados com nomes pitorescos, como Cara Preta, Presidente, Azulão, Lavareda, Malhado, Pachola, Curió, atendem pelo nome ao chamado do carreiro.
No início o linguajar do carreiro, elemento fundamental para a manobra dos carros de boi, não passava de sons gaguejados como “ôu!”... para parar os bois ou “êi!”... para fazê-los descer ladeiras. Evoluiu depois para frases e expressões tipo “Vamos embora!” e “Volta boi Azulão!” “Carrega boi Malhado!” O carreirodirigia-se ao animal específico que queria comandar, sendo seus gritos reconhecidos e atendidos.
Além de ajudar no transporte de cana, açúcar e lenha nos engenhos, o carro de boi servia para transportar mudanças e conduzir pessoas. Havia tambem uma versão coberta. Foi utilizado como carruagem para a nobreza rural brasileira; como transporte de bandas de música das cidades para o interior e vice-versa; para levar as famílias sertanejas às festas de Natal e Ano Novo, quando eram todos enfeitados para a missão e, ainda, nas campanhas políticas, servindo de elemento de aproximação entre eleitores e candidatos.
Nos anos de 1939 a 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, devido à falta combustível para caminhões e automóveis, o carro de boi voltou a aparecer, por algum tempo em certas regiões do País ajudando a transportar cargas e pessoas.
Atualmente, em Goiás, é utilizado pelos romeiros que vão da cidade de Damolândia para o Santuário do Divino Pai Eterno, no município de Trindade (a cerca de 74km de distância) para participar da Festa de Trindade, que acontece no final do mês de junho e início de julho. Os carros são enfeitados e participam de um desfile que é muito concorrido e apreciado pelos participantes da festa.
Na história do Brasil, o carro de boi aparece na Colônia, no Império, na República, na Revolução de 1930, no Estado Novo. Pode apresentar variações de “modelos” e nomes: carro, carroça ou carreta, como no Rio Grande do Sul, porém, nenhuma cidade, vila, povoação, fazenda, sítio, do litoral ao sertão ignora a existência deste rústico e primitivo meio de transporte, que ajudou a fazer a história do Brasil.

O carro de boi ronceiro
foi o veículo primeiro
no Nordeste do Brasil!

O carro de boi, coberto
de ganga*, toda florada
Levava em dia de festas
Pela soalheira estrada,
pela sombria floresta,
Sinhazinhas e Sinhás!...

E que cantiga dolente
para a alma dessa gente,
não tinha o carro de boi?

Hoje se um automóvel,
passa veloz, fonfonando,
deixa a saudade acordando
do tempo que já se foi...
Do carro de boi coberto
de ganga toda florada...

As pálidas sinhazinhas
transformaram-se em “granfinas”...
............................................

Desses carros, restam ruínas
Na bagaceira do engenho...

João Rogério,
pseudônimo do poeta pernambucano Regis Velho.


                                           FONTE: Fundação Joaquim Nabuco

               postado por tony josé quarta-feira,12 de setembro de 2012

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

0 Antonio Nóbrega

Antonio Carlos Nóbrega é violinista, cantor, dançarino e ator. Nasceu no Recife, no dia 2 de maio de 1952. Até os dez anos de idade, viveu em várias cidades do interior de Pernambuco, pois em decorrência da profissão de seu pai, médico sanitarista, era obrigado a mudar-se periodicamente.
      Foi aluno do Colégio Marista do Recife. Aos 12 anos, ingressou na Escola de Belas Artes do Recife, onde estudou violino clássico com o professor catalão chamado Luis Soler e canto lírico com Arlinda Rocha.
      De formação clássica, Antonio Nóbrega iniciou sua carreira na Orquestra de Câmara da Paraíba, na capital João Pessoa, ali permanecendo até final dos anos 1960. Na mesma época participou da Orquestra Sinfônica do Recife, onde se apresentava também como solista.
      Por essa época, Antonio Nóbrega embora de formação erudita, participava de um conjunto de música popular com suas irmãs e, de vez em quando, compunha músicas que apresentava com elas, no Recife, na época dos festivais da televisão.
      Em 1971, foi convidado pelo escritor Ariano Suassuna para integrar o Quinteto Armorial na qualidade de violinista, quando gravou então quatro discos e excursionou pelo mundo divulgando a música tradicional nordestina.
       Daí em diante, sua carreira deslanchou. Passou a manter contato mais estreito com todas as expressões da cultura popular, como os brincantes de caboclinho, de cavalo-marinho e outras que se tornaram objeto de suas pesquisas. Revelava-se então um artista multidisciplinar, pois além de conseguir fazer uma mixagem entre a arte erudita e a arte popular era capaz de cantar, dançar, tocar bateria, rabeca, violão e ter habilidades circenses.
       Em 1976, dirigiu seu primeiro espetáculo intitulado A Bandeira do Divino que estreou no Recife e, depois, A arte da cantoria, espetáculo que participou do Primeiro Festival Internacional de Teatro, em São Paulo, promovido por Ruth Escobar. Em 1983, foi para São Paulo com o espetáculo Maracatu Misterioso, um solo que contava com a participação de sua esposa Rosane (no papel de contra-regra e, ao mesmo tempo, atuando no espetáculo).
       Em São Paulo, Antonio Nóbrega deu início a outra fase da sua carreira artística. Foi um dos fundadores do Departamento de Artes Corporais da Universidade de Campinas (Unicamp) e também do Circo Brincante de São Paulo.
        Em 1989, criou o espetáculo O Reino do Meio-Dia, seguido por Brincantes e Segundas Histórias. Esses dois espetáculos foram estrelados por seu personagem Tonheta que nasceu de uma tipologia popular, uma espécie de colcha de retalhos de diversos tipos comuns em praças e ruas do Brasil. Entre os grandes espetáculos realizados no Rio de Janeiro e em São Paulo, destaca-se Figural, em 1990. Nesse espetáculo, Nóbrega, sozinho no palco, tem um desempenho admirável, com mudança de roupas e de máscaras para fazer ricas e variadas demonstrações da cultura popular brasileira e mundial. Em 1996, criou o espetáculo Na Pancada do Ganzá (baseado na viagem etnográfico-musical de Mário de Andrade pelo Brasil). Na sequência criou Madeira que cupim não rói. Esses dois shows foram lançados em CDs pelo Estúdio Eldorado.
        Mantém em São Paulo a Escola e Teatro Brincante, um centro cultural que promove eventos e cursos ligados à dança, música e arte circense. Entre os prêmios recebidos pode-se destacar o Troféu Mambembe, pelo conjunto de sua obra; o Prêmio O Globo, pelo melhor show do ano; além do Prêmio Sharp, pelo melhor CD, Na pancada do Ganzá; e o Prêmio Apca de Projeto e Pesquisa Musical do Ano.
         O espetáculo 9 de frevereiro (frevo + fevereiro), que é uma homenagem ao carnaval de Pernambuco, ficou em cartaz, em São Paulo, até 12 de novembro de 2006, para, em seguida, ser exibido no Rio de Janeiro. Esse espetáculo apresenta o frevo nas suas várias formas de ser tocado: executado por orquestra de sopro, por conjunto regional, por violino, por instrumentos de percussão ente outros e diversas formas de ser dançado: por um só dançarino (Nóbrega) em passos estilizados de dança moderna, com vários dançarinos em passos de frevo, com e sem sombrinha e até com todo o público, em ciranda de frevo.
        O espetáculo também apresenta um momento para ensinar mais sobre o frevo. A orquestra explica as modalidades e costumes da dança e Antonio Nóbrega ensina uma pessoa da platéia a fazer os passos.
         Segundo Coelho e Falcão (1995) Antonio Nóbrega é um desaguadouro de múltiplas vertentes, entre elas, as das criações do folclore, das histórias picantes, da literatura de cordel, do circo mambembe, das folias carnavalescas e das mais variadas manifestações 
                                    
                      FONTE: Fundação Joaquim Nabuco
                              postado por tony  josé sábado,8 de setembro de 2012

mel de abelha

 
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