Julião ficou em Natal por dezoito anos. Durante esse período, serviu o exército, mas logo que se libertou das forças armadas voltou para a Rádio Poti, onde conheceu Jackson do Pandeiro. O já famoso Jackson o convidou para o Rio de Janeiro, onde foi morar e trabalhar como cantor, iniciando uma parceria que rendeu grandes frutos musicais e selou uma longa amizade. Como ritmista de Jackson, se apresentou nas rádios, tvs e viajou o Brasil inteiro. Elino confessa que não foi fácil gravar no Rio de Janeiro nos anos 50. "Passei muito tempo para gravar. Naquela época dos auditórios de rádio, a gente cantava mas não gravava. Só gravava quem tinha muita sorte e cantava mais que Vicente Celestino", lembra saudoso do amigo.

Foi na Philips/Polygram, que gravou seus primeiros sucessos: Puxando Fogo e Xodó do Motorista, que logo se transformaram em verdadeiros hits. Mas antes disso, suas composições já faziam sucesso. Entre elas Rela Bucho, na voz do pernambucano Sebastião do rojão. Em função do sucesso, foi convidado para uma gravadora maior, a CBS, hoje Sony Music, permanecendo por 23 anos.
Ainda no Rio, foi contratado da extinta Rádio Tupi e da rádio Nacional. Nesta última como convidado especial, já que só se apresentavam os cantores contratados pelo governo. Em meio ao sucesso saiu da "cidade maravilhosa" e foi para São Paulo trabalhar com Pedro Sertanejo (pai de Osvaldinho do Acordeon), ficando na terra da garoa por seis anos.
Luiz Gonzaga estreou na TV Cultura o show "Chapéu de couro" e o convidou para trabalhar como ritmista, permanecendo aí por mais três anos. Vale lembrar também que o seridoense morou com o Rei do Baião e seu irmão Zé Gonzaga, conhecido como o príncipe do forró, a quem Julião não se negava a dar uma força. Elino, Jackson, Trio Nordestino e outros do gênero saíram da CBS em 86, quando a gravadora, preferindo apostar nos internacionais Michael Jackson e Júlio Iglesias, alegou que estava em dificuldades.
FONTE: Letras.com.br
postado por tony josé sábado,12 de novembro de 2011
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