segunda-feira, 24 de outubro de 2011

0 Feira de mangaio Itabaiana

Itabaiana ,cidade do interior da Paraíba, localizada a pouco mais de 100 km da capital João Pessoa, uma cidade pequena, de 40 a 45 mil habitantes, gostosa de se viver e que guarda em suas memórias belas histórias.
Em meados do século XIX, Itabaiana, como povoado do município de Pilar, vinha mantendo uma evolução lenta, tardia e difícil. Aos fins do século XIX, acentuou-se, contudo, o seu progresso, de simples povoado que era passou a categoria de Vila, sediando não só o município, como também a comarca de Pilar durante os anos de 1881 a 1885.
Por força disto, as transformações comerciais aumentaram muito, proporcionando grande alívio econômico a todo o município. As suas feiras semanais realizavam-se às Terças-Feiras, como até hoje acontece. Esse dia era escolhido para o prefeito vir da vila do Pilar despachar os papéis na sua nova sede que era agora Itabaiana.
A partir daí, segundo entrevistas que fiz com pessoas de mais idade na cidade e dentro da feira, ouvi bons relatos de moradores que sempre tinham algo a contar sobre fatos vividos ou presenciados por seus avós e bisavós quando perguntados sobre a historia da Feira, como a Dona Efigênia que diz: “Ah essa feira é antiga, meu pai sempre reunia a gente na calçada de casa pra falar coisas que ele viveu, ele falava que a feira de vender assim, batata, mangaio, farinha essas coisas num sabe, foi lá pelo ano de 1830, mais ou menos, daí meu ‘fi’ o comercio acompanhou tudo, os feirantes cresceram demais...”
Consultando alguns documentos (raros por sinal) constatei que a versão da senhora Efigênia, que foi a partir desse momento que o comércio acompanhou o desenvolvimento, com isso surge também o Mercado Público da cidade, necessidade, devido ao número crescente de pessoas.
Filho da terra, Sivuca faz a música FEIRA DE MANGAIO ,grande sucesso que retrata bem toda a feira e toda aquela movimentação existente.
A Feira se Tornou o eixo polarizador das atividades econômicas de qualquer lugarejo vizinho. A feira se estendia até a noite e era uma verdadeira festa. Havia até Carrossel no pátio da Igreja Matriz, assim recorda o poeta Zé da Luz em uma de suas poesias:
O patamá da igreja
Ta todinho embandeirado!
No oitão, o Carrocé
De manhã já foi armado
Carrocé considerado
A tentação dos minino
O carrocé afamado
De seu Chico Laudilino
!”
Nessa época, a feira já contava com carroça de bois, até 1914, quando os bondes de burro os substituíram perto de 1929. Itabaiana progredia sob o ponto de vista econômico, o comércio se expande: Lojas surgem como de ouro, ferragens, e até representações de carros Ford, de famílias que se tornaram tradicionais que até hoje resistem, Itabaiana se desenvolveu tanto que foi a primeira cidade paraibana a possuir energia elétrica.
Voltando um pouco na história, fazendo um resgate mais profundo, não posso deixar de mencionar a Feira de Gado, criada em 1864, extinta em 1870 e restaurada em 1879. Mesmo entre idas e vindas da Feira de Gado, independente dos problemas surgidos na feira propriamente dita, a vida econômica sempre gravitou em torno do campo, do boi e da vaca.
Como a cidade devido ao aumento da Feira popular (feira de mangaio) vinha se desenvolvendo, a criação da Feira de Gado em 1864, representou o estopim para a explosão do progresso. A povoação cresceu tanto que em 23 de Abril de 1890, Itabaiana tornou-se Município.
Na primeira metade deste século atingiu seu apogeu. Segundo meu pai Antônio que é Marchante, corta carne na feira já faz 30 anos relata:
Nessa época, a feira já contava com carroça de bois, até 1914, quando os bondes de burro os substituíram perto de 1929. Itabaiana progredia sob o ponto de vista econômico, o comércio se expande: Lojas surgem como de ouro, ferragens, e até representações de carros Ford, de famílias que se tornaram tradicionais que até hoje resistem, Itabaiana se desenvolveu tanto que foi a primeira cidade paraibana a possuir energia elétrica.
Voltando um pouco na história, fazendo um resgate mais profundo, não posso deixar de mencionar a Feira de Gado, criada em 1864, extinta em 1870 e restaurada em 1879. Mesmo entre idas e vindas da Feira de Gado, independente dos problemas surgidos na feira propriamente dita, a vida econômica sempre gravitou em torno do campo, do boi e da vaca.
Como a cidade devido ao aumento da Feira popular (feira de mangaio) vinha se desenvolvendo, a criação da Feira de Gado em 1864, representou o estopim para a explosão do progresso. A povoação cresceu tanto que em 23 de Abril de 1890, Itabaiana tornou-se Município.
Na primeira metade deste século atingiu seu apogeu. Segundo meu pai Antônio que é Marchante, corta carne na feira já faz 30 anos relata:






“Ah meu filho, era reses demais! Chegava a ter duas mil cabeças de gado! Era boi demais, era um bate – bate de chifre, que ate pra gente negociar era difícil, e quando a gente comprava para separar e entregar era outros quinhentos,começava assim na segunda – feira de tarde e mais de vez ia ate na terça de manhã, logo na segunda já chegavam os grandes fazendeiros de trem, vindos de Campina Grande, eu e seu avó só comprávamos um boi por semana”




Recorrendo a documentos, percebo que toda a cidade se movimentava devido à “ A FEIRA DE ITABAIANA” que dentro dela abrigava a Feira de Mangaio e a Feira de Gado, sem esquecer da Feira do Bacurau.
A do Bacurau que se inicia com troca de mercadorias entre os fazendeiros e os mais humildes, os chamado “Tangeres” e que hoje ainda ocorre, mas não com tanta freqüência.
Entrevistando uma outra senhora da época ela relata: “Moço, era a feira que sustentava a cidade, os hotel com o Avenida (ainda existe na cidade) e de D. Sinhá, recuperava o prejuízo da semana toda, terminada a feira todos iam simbora”
Ainda há registros de que no início do século em Itabaiana realizavam – se cinco feiras: A de Gado, Mangaio, Cavalos, Bacurau e a do Capim. Tanto a feira do Capim quanto a de Cavalos não apresentam registros, nem memórias de pessoas com quem conversei.
Assim Itabaiana chega ao século XX, com histórias e memórias certamente muitas delas perdidas, porém mais presentes do que imaginei que estariam. Hoje a feira é bem menor do que antigamente e de fato é ela quem ainda mantém o ciclo econômico da cidade.

                                                         Fonte:resgatecultural

                                 postado por tony josé segunda feira,24 de outubro de 2011




                                                                                                                                                                                                                                           

                                                                         

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